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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Terror


Mansão

Juro que é verdade. Não foi um sonho. Eu vivia em uma pequena cidade, o povo tão pequeno quanto a cidade, só 35.000 habitantes. Perto da casa que eu morava havia uma mansão aos pedaços, meu avô me contara que nela vivia uma família de quatro pessoas, pai, mãe, e duas filhas. Em uma noite uma dessas filhas chamada Marina queimou a casa junto com o pai e a irmã dentro. A mansão era conhecida como castelinho por simbolizar um pequeno castelo.
Eu, naquela época, era tímido, por isso não tinha muitos amigos, na verdade só tinha um e ela se chamava Gabriely mais conhecida como Gaby. Ela era minha melhor amiga por que não tinha outros para escolher. Certo dia que estávamos na praça em frente ao castelinho:
-Ei. Que tal explorarmos o castelinho hoje a noite? -Gaby perguntou.
-Você ficou louca?-perguntei para ela.
-Não. Mas você não está interessado no que esta lá dentro?
Era de se impressionar com as ideias dela. Sempre nos metemos em enrascadas por causa dela.
-Vamos?
Eu não queria ir mas estava muito interessado no que estava lá dentro.
-Vamos, mas não fale a ninguém que concordei com você!-Sempre falava isso quando concordava alguma coisa com ela. Diferente de mim, Gaby era popular mas ao invés de sair com eles saía comigo, achava que ela tinha uma queda por mim.
Marcamos que iríamos nos encontrar as 11:00 em ponto em frente ao castelinho.
Cheguei em casa e coloquei tudo o que tinha que levar na mochila e uma lanterna, pois duvidava que tinha um interruptor de luz no castelinho. Dei uma dormida.
Fui na hora marcada para frente do castelinho e, como sempre, Gaby estava atrasada. De noite aquele lugar era de esfriar a espinha. A porta estava queimada, as janelas estilhaçadas no chão e dava para ouvir os gritos vindo lá de dentro, a escuridão dominava o quintal a mansão estava em cinzas. A única iluminação era a lua. Já estava indo embora pois achava que a Gaby não iria vir, então uma mão fria e tensa tocou o meu ombro. Não virei a cara pois estava com medo de ver uma alma penada, então a alma me puxou e me virou. Era a Gaby.
-Você quase me matou de susto!-eu falei.
-Cala boca, Andrei!-Ela falou – vamos.
Entramos no quintal sombrio e fomos para a varanda, empurramos a porta e ela rangeu como qualquer outra maldita casa velha.
A sala era pequena, havia uma escada para subir ao segundo andar e a direita uma porta dava para a cozinha. No chão havia um quadro do pai, um homem velho, era médico, a pele enrugada e usava um paletó. A mãe, velha como o pai, parecia dona de casa, cabelos negros e olhos verdes e um vestido negro. A filha, não a que ateou fogo, mas a outra também estava naquela foto, deveria ser de quando Marina ainda não havia nascido. O nome Marina me dava medo. Quando ainda estávamos analisando a foto, ouvimos um barulho de papel cair. Ele caiu em cima de minha cabeça.
-Andrei...-Disse Gaby com a sua voz de medo e ternura.
Tirei o papel de minha cabeça. Nele estava escrito... A sangue!Atirei o papel para o chão e começamos a ler:
`` Janeiro de 1981
Daqui alguns dias será o
aniversário de minha irmã
estou feliz por ela, mas ela
tem um olhar estranho.
Desde que nasceu possui
um olhar malicioso e olhos...´´
Assim acabou. Devia ser a parte de um diário, mas escrito a sangue, isso é muito estranho. Iríamos sair do castelinho, pegamos o quadro para analisar em casa mas o quadro tinha mudado havia mais uma pessoa nele, ai minha nossa... Era Marina!
Queríamos correr mas ficamos plantados no chão, queríamos gritar mas ficamos mudos, então, do teto, começou a pingar sangue! Pingava diretamente no quadro e então os rostos mudaram e começaram a gritar, menos Marina. Ela começou a dar risada, de repente, outro pedaço de papel apareceu flutuando. Nele estava escrito:
`` Ela é...´´
Então uma mão encostou em meu ombro e uma outra na Gaby. Nos entreolhamos, sabíamos que não era nenhum de nós, viramos as cabeças para trás e um cadáver pestilentonestava lá tocando nossos ombros. Corremos e corremos fomos para o banheiro do lado direito entramos nele, Gaby tirou de sua mochila sal e colocou na fresta da porta.
-Que porcaria é essa?- Perguntei com medo em meus olhos.
-Sal. Nos protege dos fantasmas eles não vão poder passar- respondeu Gaby.
O banheiro era pequeno tinha uma privada e uma pia. E uma banheira.
-Fique aqui, vou lavar minhas mãos!-eu falei como se ela fosse para algum lugar.
Abri a torneira, limpei meu rosto por primeiro e, espere... isso é sangue! Desliguei a torneira limpei meu rosto na camisa.
-Essa porcaria da casa está cheia de sangue!
-Verdade.- disse Gaby
Dentro da banheira estava um livro preto, tirei-o de lá. Era a Bíblia Sagrada. O que um livro tão sagrado estava fazendo ali dentro? Quando tirei a bíblia de lá, desiquilibrei-me e me apoiei na torneira da banheira que começou a jorrar sangue.
-Putz grila!-falei
A banheira encheu-se de sangue, aquilo pareia um mar vermelho e escuro. Então um corpo emergiu da banheira, o corpo de um homem. Era o pai da família. O corpo se contorceu eu e a Gaby não pensamos duas vezes. Saímos do banheiro e subimos as escadas. No segundo andar havia 5 portas, entramos na primeira à direita.
Era um quarto queimado. Já de se esperar tinha uma cama queimada, negra como o breu, também tinha um cofre em belo estado. Enquanto estávamos analisando o quarto notei que ainda estava segurando a bíblia e dela caiu outro papel que dizia:
``12/09/72´´
-A data que o castelinho foi incendiado.-disse a Gaby calmamente
´´é a senha do cofre´´ uma voz ecoou na minha cabeça. Decidi seguir esta voz.
Girei a senha no cofre, ele se abriu, lá dentro tinha uma coisa brilhante na escuridão. Ouro. Pegamos o quanto conseguimos pegar. Enchemos nossos bolsos e quando acabamos surgiu lá dentro uma cabeça com os lábios sangrentos, os olhos maliciosos, os cabelos cheios de sangue. Uma menina.
-Olá, me chamo Marina quer brincar de morte?- disse a menina
`` fujam´´
Aquilo foi um conselho idiota pois é claro que iríamos fugir agora. Fugimos. Estava claro, nunca vou me esquecer aquela cara do mal de Mariana. Chegamos em casa. Nós morávamos um ao lado do outro. Disse tchau para ela e combinamos que não iríamoos contar isso a ninguém, era para que nós esquecêssemos dessa aventura de terror. Até hoje nós dois estamos com medo do que aconteceu naquela noite. Quando cheguei em casa fui dormir, despenquei na cama então depois de algumas horas acordei assustado, um fantasma estava olhando para mim.
-Olá!-disse o fantasma
Peguei o meu canivete que estava embaixo do meu travesseiro e tentei atacá-lo, mas sabia que iria ser inútil.
-Não se assuste, só quero conversar, me chamo Paula, sou irmã de Marina e vou explicar a verdadeira história do castelinho.
Ela me contou que eles eram muito felizes antes que Marina nascesse. E Marina não era filha deles, era adotada. Ela os matou quando queimou a casa mas Marina acabou morrendo junto por causa da grande explosão . E aquele bilhete que estava escrito ´´ Ela é...´´´era demônio. Ela sempre torturava a família e tinha problema mental, não obedecia ninguém, só a si mesma. Ela me explicou que a bíblia que estava no banheira era para espantar os maus espíritos, Marina sempre ficava longe daquele banheiro quando colocaram a bíblia nele. E que os espíritos da família ainda estavam lá. Eles deveriam destruir o castelinho para eles poderem se libertar. Ela disse adeus e adormeci.
No outro dia, na escola, Gaby me contou que tinha acontecido a mesma coisa com ela de noite então decidimos que iríamos usar o ouro que tínhamos achado para demolir o castelinho. No outro dia, o castelinho foi demolido e quando acabaram, vimos um espírito de uma menina dizendo obrigado. Então, depois da demolição,o espírito, de uma outra menina, surgiu dos escombros e começou a transformar-se em um demônio. Não vou falar a aparência dela por que esse vai ser seu medo para sempre. Ninguém além de mim e da Gaby sabe a verdadeira história de Mariana e o castelinho. Construíram ele de novo e acho que ainda continua assombrado e tenha uma dica, quando ir para lá saia e não volte mais. E tenho mais uma coisa para dizer...
BU!

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